O sertão criado por Guimarães Rosa é uma realidade geográfica, social, política, mas também é uma realidade psicológica e metafísica. Nesse espaço (sertão-mundo), o sertanejo não é apenas o homem de uma região e de uma época específicas, mas homem universal defrontando-se com problemas eternos: o bem e o mal; o amor; a violência; a existência ou não de Deus e do Diabo etc. Daí classificar-se seu regionalismo como regionalismo universalista.
Quando o Governo utiliza do sertão como um lugar desprovido de desenvolvimento, ele está querendo dizer que o sertão é um lugar atrasado, um lugar que precisa ser levado a tecnologia, se justificando com uma falsa imagem criada do sertão. Esse desenvolvimento muitas vezes é de interesse do capital, do agronegócio, como é vendido para a população a transposição do Rio São Francisco, dizendo que irá levar água potável para 12 milhões de pessoas, quando na verdade não é isso que acontece, o que se vê é água sendo usada para a agricultura do agronegócio, usa-se água para irrigar as plantações de manga, usa, laranja e etc que abastecem o mercado europeu desses produtos.
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