Tragédia em Santa Maria - RS

A cidade gaúcha de Santa Maria nunca irá esquecer este terrível dia 27 de janeiro de 2013. Num sábado na balada onde os mais de 1000 jovens se divertiam, 235 inocentemente não sabiam o que estaria por vir. Por volta das 02:30 da manhã, quando um integrante da banda Gurizada Fandangueira iniciou um show pirotécnico e sem perceber que o fogo do sinalizador tinha atingido o teto de espuma da boate Kiss. Daí em diante começou o pânico. As chamas e principalmente a fumaça tóxica se espalhou rapidamente pelo estabelecimento causando uma entoxicação em massa. Muitos jovens morreram asfixiado, alguns (poucos) morreram carbonizados. A boate tinha apenas uma saída de frente, porém a porta era estreita. Para dificultar e aumentar um pouco mais o pânico dentro da boate, alguns seguranças ficaram na porta cobrando as comandas das pessoas que estavam querendo sair por causa do incêndio. Acredito eu que os seguranças não tinham se dado conta do incêndio, mas o desespero foi tanto que as pessoas conseguiram empurrar os seguranças para fora da boate. Das pessoas que conseguiram se salvar, 235 ficaram no caminho. Com os efeitos da fumaça tóxica no pulmão e consequentemente no sangue , muitas desmaiaram num primeiro momento, morrendo alguns minutos depois. Muitos jovens correram para os banheiros da boate, acreditando encontrar algumas janelas que pudessem pular, como não tinha, estes morreram em grande número nos banheiros da boate. Jovens que tinham sonhos, uma vida inteira pela frente, tiveram suas vidas ceifadas pelos esquemas obscuros da nossa sociedade. Um funcionamento que não pode continuar funcionando. Os donos da boates foram indiciados e estão sob o poder da justiça através de uma prisão preventiva. Os jovens eram em sua maioria estudantes de diversos cursos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O que fica é o exemplo da nossa responsabilidade para com a vida. A dor nas famílias que perderam seus entes queridos. A dor de uma nação que infelizmente discute o problema apenas depois acontece, nunca de maneira preventiva, mas apenas na maneira da dor, na maneira curativa. Presto minha solidariedade com as famílias deste 235 jovens brasileiros e paraguaio (1 jovem), que a justiça alivie um pouco desta dor, o que eu acredito ser difícil.