Incêndio no Museu Nacional

A semana começou de maneira trágica para a sociedade brasileira com a notícia de um incêndio que tomou conta das instalações do Museu Nacional. Todos nós perdemos uma parte de nosso passado que ali estava preservado. O museu fica na zona norte do Rio e sob os cuidados da UFRJ desde 1946. O resultado desta tragédia é incalculável por vários ramos da ciência. Perdeu a antropologia, a geologia, entomologia, astronomia, paleontologia etc. O que mais me impressionou foi o esqueleto do primeiro registro de um homem encontrado em terras brasileira. Luzia era na verdade é um crânio da primeira brasileira registrada nos livros de história. A datação mostra que ela já ocupava o território mineiro há mais de 11.000 anos atrás. No incêndio seu crânio foi carbonizado pelas chamas e desaparecido no meio das cinzas. Os esforços agora são para recuperar o cranio de torcer para que o fogo não tenha sido danificado o suficiente a ponto de não ter como ser mais reparado. Acredito que iremos conseguir recuperar esta riqueza da nossa história. O que poderá ser retirado de bom desta tragédia será a atenção dos órgãos e políticos responsáveis do quanto devemos cuidar destes ambientes. Os museus preservam o nosso passado. A sociedade civil precisa cobrar mais das autoridades políticas que busquem zelar melhor pelo nosso patrimônio.