terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Heroína desconhecida

Pouca gente sabe, mas a avó de José de Alencar foi líder de duas revoluções

por Juan Torres

Bárbara Pereira de Alencar quase provocou a morte da mãe, ao nascer em 11 de agosto de 1760, no município de Exu, Pernambuco. Uma parteira e um padre foram chamados às pressas. Depois de muita reza, ambas sobreviveram. Dali em diante, Bárbara deu trabalho. Muito trabalho. Que o digam os monarquistas do século 19. Ela se tornou peça fundamental em dois dos principais movimentos republicanos do Nordeste, a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador de 1824, e por isso foi primeira presa política do país.

Antes disso, casou-se com 22 anos e se mudou para Crato, no sul do Ceará. Teve cinco filhos. Dois deles, José Martiniano de Alencar e Carlos José dos Santos, foram estudar no Seminário de Olinda. O liberalismo europeu ganhava corpo nas elites brasileiras, que almejavam os ideais de independência e república. Enquanto isso, dona Bárbara e seus filhos começaram a organizar um braço revolucionário na cidade, com sede na casa da matriarca. "Dona Bárbara sempre foi considerada a cabeça pensante. Ela tinha a política nas veias e, na articulação, era a referência do grupo", afirma o escritor Roberto Gaspar, autor de Bárbara de Alencar, a Guerreira do Brasil - tão raro nas livrarias quanto as referências a ela nos livros de História do Brasil.

A Revolução Pernambucana finalmente estourou em Recife no dia 6 de março de 1817, liderada por Frei Caneca, Domingos José Martins e Antônio Carlos de Andrada e Silva. Em 3 de maio, durante a missa dominical da igreja do Crato, José Martiniano, filho de Bárbara, proclamou a república. Tropas foram enviadas para conter a revolta. Oito dias depois, os revolucionários, incluindo a matriarca, foram presos e enviados a pé para Fortaleza - acorrentados sob o sol, eles levaram um mês para caminhar 600 quilômetros.

Presa em calabouços de Fortaleza, Recife e Salvador, ela foi maltratada e impedida de ver os filhos. Libertada depois de três anos, ainda liderou um segundo levante, a Confederação do Equador, que se espalhou pelo Nordeste a fim de acabar com a monarquia. Na revolta, dois de seus filhos morreram. Outro, José Martiniano, pai do futuro escritor José de Alencar, se tornaria senador no mesmo ano em que ela faleceu: 1832. Aos 72 anos, dona Bárbara morreu sem ver a tão sonhada proclamação da República.


Retirado da Revista Aventuras na História.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Anita Garibaldi


Ana Maria de Jesus Ribeiro nascida em 30 de agosto de 1821, em Laguna, Santa Catarina, ficou conhecida por ter se casado com Gilseppe Garibaldi, o líder da Revolução Farrolpilha.
Descedente de imigrantes portugueses, Anita provinha de uma família modesta. O pai Bento era comerciante em Lages e casou-se com Maria Antônia de Jesus, com qual teve seis filhos.

Pela morte do pai e insistência da mãe, em 30 de agosto de 1935 Anita teve que se casar jovem, com apenas 14 anos de idade, sua mãe obrigou a se casar com Manuel Duarte de Aguiar, depois de três anos de matrimônio, o marido alistou-se no exército imperial, abandonando a jovem esposa.

Durante a Revolução Farroupilha também conhecida como Guerra dos Farrapos, o guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi, a serviço da República Rio-Grandense, participa da tomada de porto de Laguna, na então província de Santa Catarina, onde conheceu Anita. Ficaram juntos pelo resto da vida de Anita, que seguiu os seus combates em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e Itália.

Anita morreu aos 27 anos, em 4 de agosto de 1849.


Considerada pelo Brasil e Itália, um exemplo de dedicação e coragem, Anita foi homenageada pelos brasileiros com a designação de dois municípios, ambos no estado de Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis, além de muitas ruas brasileiras possuirem o seu nome.

Especial Grandes Mulheres

Começa hoje aqui neste pequeno e humilde blog uma trajetória falando das mulheres brasileiras que de uma forma ou de outra participaram na construção de uma nação melhor.

Mais um ano

Mais um ano se vai, estamos deixando 2010 na UTI, faltando 11 dias para começar 2011, um ano novo que renovará nossas energias. O que me mata é a hipocrisia do mundo, de tudo melhor dizendo. Até os inimigos parecem dar trégua nesta época de natal. Assistindo a tv hoje pela manha pude reparar isso. As notícias, tirando as de chuva de verão, caracteristicas dessa época, parece tudo bem com o Brasil segundo o PIG. Não se fala nem bem, nem mal do governo. Não vou reclamar por isso, mas que vém chumbo grosso por aí, ah isso vém. Desejo a Dilma que faça um excelente governo nessa ano que se iniciará em alguns dias.

feliz 2o11

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Mais um cassado

Parece até roteiro de cinema, mas não é. Essa história aconteceu aqui, nesta cidade de Viçosa-MG.
Após aproximadamente 5 meses do prefeito eleito pelo povo Raimundo Nonato ter seu mandato cassado, agora foi a vez do Celito Sari (foi empossado pela justiça) ter também o seu mandato cassado, este último em preimeira instância. Os dois sofrem o mesmo processo de cassação, recebimento de ajuda em campanha, mas que não haviam declarado. O curioso nesta história é que Celito buscou de todas as formas derrubar Raimundo para assumir o cargo, acabou sofrendo pelo mesmo motivo sua cassação.

Precarização intencional da Educação Brasileira

 A Educação no Brasil é algo tão precário que para lecionar basta você retirar o CAT (Certificado de Autorização de Títulos) e pronto, você ...